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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O VERDADEIRO PROPÓSITO DA IGREJA

O Verdadeiro Propósito da Igreja

Mark Dever09 de Setembro de 2015 - Igreja e Ministério
O propósito da igreja está no âmago de sua natureza, atributos e marcas. E práticas corretas de membresia, governo e disciplina servem a esse propósito. Os objetivos apropriados da vida e ações de uma igreja local são a adoração a Deus, a edificação da igreja e a evangelização do mundo.1 Esses três propósitos servem, nessa ordem, à glória de Deus.
Pregação e adoração
A adoração coletiva de Deus acontece no contexto da congregação reunida, enquanto a adoração individual de Deus ocorre no contexto da vida diária de uma pessoa. Moldar e estimular tanto a adoração coletiva quanto a individual são aspectos significativos do propósito da igreja.
Adoração congregacional: elementos
A adoração a Deus no ajuntamento público consiste nos elementos específicos prescritos por Deus dentro de um conjunto de circunstâncias históricas específicas. A Palavra de Deus deve nortear a adoração coletiva de uma igreja. Como David Peterson escreveu: “A adoração ao Deus vivo e verdadeiro é, essencialmente, um engajamento com ele nos termos que ele propõe e da maneira que somente ele torna possível”.2 Ligon Duncan resumiu os elementos que devem estar inclusos na adoração coletiva, empregando o mote: “Leia a Bíblia, pregue a Bíblia, ore a Bíblia, cante a Bíblia e veja a Bíblia”.3 Ao dizer “veja a Bíblia”, Duncan se referia à celebração do batismo e da Ceia do Senhor, que retratam o evangelho. Visto que esse aspecto da adoração coletiva foi considerado antes, os demais elementos da adoração coletiva que devem ser considerados aqui são ler a Bíblia, pregar a Bíblia, cantar a Bíblia e orar a Bíblia.
Os cristãos são ordenados a ler a Bíblia quando se reúnem para a adoração a Deus. Paulo exortou Timóteo nestes termos: “Até à minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino”.4
No entanto, a Palavra de Deus não deve apenas ser lida, ela precisa também ser explicada e aplicada. Portanto, a pregação correta da Palavra de Deus é central no culto da igreja, constituindo a sua base e seu âmago. Uma vez que a fé vem por ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10.14-17), a Escritura tem de ser explicada com precisão e paixão. Por isso, Paulo exortou a Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”.5
O dever de cantar louvores a Deus é imposto aos cristãos tanto por exemplos como por mandamento.6 Mateus e Marcos registram, a título de exemplo, o fato de que Jesus e os discípulos cantaram um hino depois da última ceia. Paulo instruiu à igreja de Éfeso: “Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.7 Em última análise, os louvores da assembleia cristã na terra é uma prefiguração do louvor que será oferecido no céu.8
Outro elemento do culto de cristãos congregados é a oração. Na oração, os cristãos glorificam a Deus de várias maneiras: por fazerem conhecida sua confiança nele, por demonstrarem obediência ao mandamento de buscá-lo em oração, por lembrarem a fidelidade de Deus em responder às orações anteriores e por contarem com a bondade dele ao pedirem ainda mais.
Na oração coletiva, Deus é exaltado enquanto a igreja é edificada e encorajada. Jesus ensinou seus seguidores a orarem de forma coletiva começando com “Pai nosso”.9 Tiago exortou os primeiros cristãos: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados”.10 O livro de Atos dos Apóstolos também está cheio de orações. Os primeiros cristãos “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.11 Leitura e pregação da Palavra de Deus, cantar louvores e orar a Deus são os elementos exigidos no ajuntamento semanal de cristãos.
Por trás da afirmação de que o culto cristão deve consistir nesses elementos prescritos por Deus, está o entendimento protestante da suficiência da Escritura - a ideia de que as Escrituras revelam de modo suficiente tudo que o povo de Deus necessita para a salvação, confiança e obediência perfeitas. A suficiência da Escritura tem muitas implicações, incluindo a convicção de que a Escritura deve regular a maneira como o povo de Deus se aproxima dele em adoração. Este princípio tem sido chamado frequentemente “o princípio regulador”. O princípio regulador aplica a crença protestante na autoridade da Palavra de Deus à doutrina específica da igreja (muito frequentemente, ele é mencionado em discussões de culto público).
Muitas pessoas têm debatido que aplicações específicas devem ser extraídas do princípio regulador para os ajuntamentos semanais dos santos. Por exemplo, o princípio exige ou proíbe a coleta de ofertas durante um culto? Ter um coral? Usar teatro em lugar de um sermão? E assim por diante. No entanto, antes de considerar os pontos de aplicação específicos, o princípio básico deve ser firme e claramente estabelecido: Deus revelou que componentes básicos de adoração lhe são aceitáveis. Deixados à mercê de si mesmos, os seres humanos não adoram a Deus como deveriam, nem mesmo os que são abençoados por ele. Precisamos apenas lembrar o sacrifício inaceitável de Caim ou o bezerro de ouro dos israelitas.
Em resposta à falta de conhecimento dos homens e do desejo de adorar corretamente a Deus, ele dá graciosamente sua Palavra à humanidade. Os dois primeiros dos Dez Mandamentos mostram o interesse de Deus em como ele deve ser adorado.12 Jesus censurou os fariseus por alguns aspectos da adoração deles.13 Paulo instruiu a igreja de Corinto sobre o que deveria e não deveria acontecer nas reuniões deles.14 Em resumo, reconhecer o princípio regular equivale a reconhecer a suficiência da Escritura aplicada à adoração coletiva.15Na linguagem da Reforma, equivale a sola scriptura.
Adoração congregacional: circunstâncias
O tempo e o lugar de os cristãos se reunirem para adoração não são prescritos com clareza no Novo Testamento. Tanto lugares públicos (como o templo ou a beira de um rio) quanto lugares privados (como casas) são usados.16 O Novo Testamento também não tem qualquer coisa a dizer sobre várias outras questões de circunstâncias, como, por exemplo, se microfones podem ser usados para amplificar as vozes ou qual a ordem em que esses elementos devem acontecer quando a igreja se reúne. Responder a questões de circunstâncias como essas deve depender inevitavelmente da prudência de uma igreja.
No decorrer da história, a igreja julgou apropriado se reunir aos domingos por três razões. Primeira, Cristo ressuscitou num domingo.17 Segunda, o Cristo ressuscitado se reuniu pela primeira vez com seus discípulos num domingo.18 E terceira, o padrão dos primeiros cristãos, no Novo Testamento, aponta para o domingo como o tempo da semana para a adoração coletiva, embora o domingo não fosse um dia de descanso para eles.19 Esse padrão foi logo incorporado à linguagem referente ao domingo como “o dia do Senhor”.20 De acordo com fontes primitivas da igreja cristã, esse era o costume universal para os cristãos.21 Por fim, no decorrer da história, os cristãos têm julgado apropriado dar as primícias da semana a Deus em reconhecimento de seu senhorio do todo, assim como o fazem com a sua renda.
Adoração individual
Além de promover e regular a adoração coletiva de Deus pela congregação, o propósito de missão da igreja inclui fomentar a adoração a Deus por parte dos indivíduos. A adoração não acontece somente nos cultos e reuniões públicos. Deve acontecer no viver diário do cristão. Por isso, Paulo exortou aos cristãos de Roma: “Apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.22 Teologia vivenciada em ação e obediência responsáveis é adoração a Deus. Quando realizados com fé, todos os deveres da vida cristã, ordenados na Escritura, são meios de adorar a Deus. “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”.23 Adorar a Deus é o objetivo supremo da igreja cristã, quer seja considerada universal ou localmente, ou na vida individual dos seus membros.
A igreja como um meio de graça
Além de olhar para o alto, a igreja existe a fim de olhar para o lado. Em outras palavras, o propósito vertical da igreja - adorar a Deus - exige seu propósito horizontal: trabalhar para evangelizar o perdido e edificar a igreja.
A própria igreja é um meio de graça, não porque dá salvação à parte da fé, mas porque é o meio designado por Deus que o Espírito Santo usa para proclamar, ilustrar e confirmar o evangelho de salvação. A igreja é o canal pelo qual fluem normalmente os benefícios da morte de Cristo.
Edificação: discipulado individual e crescimento
O propósito da igreja é, em parte, encorajar os cristãos individuais na fé e no relacionamento com Cristo. Com esse alvo em mente, Paulo rogou que a igreja em Éfeso crescesse “em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”.24 Quando o autor de Hebreus exortou seus leitores a se congregarem regularmente, indicou o propósito de se encorajarem mutuamente: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”.25
Edificação: comunidade edificadora
A vida de toda a congregação junta deve ter como alvo a edificação coletiva, uma ideia que tem suas raízes no povo de Deus do Antigo Testamento. Deus criou um povo, no Antigo Testamento, para ser especialmente abençoado por sua presença, promessas e poder. O alvo de Deus para eles era que manifestassem a sua fidelidade e o seu senhorio, por olharem com expectativa para o dia prometido de sua vinda. A nação deveria ser um povo marcado por santidade.
No Novo Testamento, o povo de Deus é a igreja. Numa congregação local, a comunhão como um todo deve manifestar a santidade de Deus por meio de sua santidade. O amor de Deus deve ser refletido no amor que eles demonstram uns para os outros. A unidade de Deus deve ser refletida na unidade deles.26 A comunhão de crentes em uma congregação deve ser um companheirismo no labutar por edificação mútua e por fidelidade na evangelização.
Evangelização
Outro propósito da igreja local é levar a Palavra de Deus aos de fora da igreja.27 Jesus ordenou aos discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”.28 Ele também lhes disse que o perdão dos pecados seria pregado em seu nome, “começando de Jerusalém”.29“Sereis minhas testemunhas”, disse-lhes Jesus, “tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
Oportunidades para ministrarmos aos outros surgem naturalmente na vizinhança e na cidade onde vive uma congregação. As boas novas se propagam mais naturalmente não só onde a congregação realiza suas reuniões, mas também onde seus membros espalhados vivem seus dias de semana. A vida deles deve ser conhecida pelos amigos, vizinhos e colegas não cristãos. O testemunho deles deve ser melhorado enquanto todos os de fora observam constantemente a conduta deles.
Missões
O propósito exterior da igreja não está limitado a evangelizar a própria cidade onde a congregação vive. As orações e os planos de uma congregação devem se estender para além de restritos horizontes de familiaridade. O mandamento de Jesus para irmos até “aos confins da terra” nos lembra que Cristo é Senhor sobre tudo, que ele ama todos e nos chamará à prestação de contas no grande dia. Portanto, os cristãos de hoje têm a responsabilidade de levar o evangelho a todo o mundo. Essa responsabilidade não é apenas do cristão individual, mas também das congregações. Os cristãos juntos podem compartilhar sabedoria, experiência, sustento financeiro, orações e vocações, e direcionar tudo isso para o propósito comum de tornar o nome de Deus conhecido entre as nações.
Em muitas igrejas hoje, esse propósito exterior pode exigir reestruturar a vida de modo que os membros da congregação interajam naturalmente com populações de nãos cristãos em áreas metropolitanas. Em todas as igrejas, esse propósito exterior significa orar e planejar para enviar recursos e pessoas àqueles grupos de indivíduos que ainda não ouviram o evangelho de Jesus Cristo. Testemunhar a glória de Deus sendo proclamada ao redor do globo no coração de todo o seu povo deve ser o alvo e propósito de toda igreja local.
Sempre a glória de Deus
O aspecto final e mais importante do propósito da igreja é a glória de Deus.
No Antigo Testamento, Deus criou um povo para a glória do seu nome.30 Mesmo quando os salvou dos resultados de seus próprios pecados, Deus o fez para a glória do seu nome. Por meio de Ezequiel, Deus falou:
“Não é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. Vindicarei a santidade do meu grande nome”, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; as nações saberão que eu sou o Senhor, diz o Senhor Deus, quando eu vindicar a minha santidade perante elas.31
Isso também é verdadeiro no Novo Testamento. A igreja existe para a glória de Deus. Quer realizando missões ou evangelização, quer edificando uns aos outros por meio de oração e estudo bíblico, bem como encorajando o crescimento em santidade ou se reunindo para louvor, instrução e oração pública, esse propósito singular prevalece. A igreja é o único instrumento que produz essa glória para Deus. De acordo com a Bíblia, a intenção de Deus é “que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor”.32 O que está em jogo na igreja é nada menos do que a proclamação da glória de Deus em toda a sua criação. Como disse Charles Bridges: “A igreja é o espelho que reflete todo o esplendor do caráter divino. É o grande cenário em que as perfeições de Jeová são mostradas ao universo”.33
Notas:
1 - Entre as passagens importantes que servem como um pano de fundo para o que Deus está fazendo com seu povo, há as seguintes: Êx 19.5-6; Mc 13.10; 14.9; Mt 28.16-20; Lc 4.16-21; 24.44-49; Jo 20.21; At 1.8; Ef 3.10-11.
2 - David Peterson, Engaging with God (Downers Grove: IVP, 1992), 20. Cf. a definição mais extensa de D. A. Carson, em D. A. Carson, ed., Worship by the Book (Grand Rapids: Zondervan, 2002), 30. 
3 - J. L. Duncan, “Foundations for Biblically Directed Worship”, emGive Praise to God: A Vision for Reforming Worship, ed. P. G. Ryken, D. W. H. Thomas e J. L. Duncan III (Phillipsburg: P&R, 2003), 65. Um forte argumento pode também ser elaborado a respeito da contribuição financeira como um elemento de adoração pública por causa das instruções de Paulo à igreja de Corinto (1 Co 16.1-2; 2 Co 9.6-7). Os primeiros cristãos contribuíam benevolentemente para os necessitados (cf. Mt 5.42; 6.3; Lc 6.38; 21.1-4; At 4.34-35; 11.29; 20.35; Rm 12.8). O que é incerto é a associação desse ato de adoração cristã com o ajuntamento público da igreja. 
4 - 1 Tm 4.13; ver o ministério de Esdras de leitura pública da lei (Nm 8).
5 - 2 Tm 4.2.
6 - Mt 26.30; Mc 14.26.
7 - Ef 5.19-20; cf. Cl 3.16.
8 - Ap 5.9-14.
9 - Mt 6.7-15; Lc 11.1-4.
10 - Tg 5.16; cf. Ef 6.18; Fp 4.6; Cl 4.2; 1 Ts 5.17; 1 Tm 2.8; Tg 5.13.
11 - At 2.42; cf. 1.14; 4.24-31; 12.5, 12.
12 - Êx 20.2-4; Dt 5.6-10. Esses mandamentos foram transgredidos muitas vezes durante a época do Antigo Testamento; ver, por exemplo, Lv 10.1-3; Dt 4.2; 12.32; 1 Sm 15.22; 2 Sm 6; Jr 19.5; 32.35. Todas estas histórias (Nadabe e Abiu, Saul e Uzá) mostram que a intenção correta não é, por si mesma, suficiente para a adoração correta.
13 - Mt 15.1-4.
14 - 1 Co 11-14.
15 - Quanto a mais informações sobre o princípio regulador, ver os primeiros dois capítulos em Ryken, Thomas e Duncan, Give Praise to God, e a introdução de D. A. Carson em seu livro Worship by the Book.
16 - Cf. At 2.46; 4.31; 5.42; 16.13; Rm 16.5. 
17 - Mt 28.1-2; Mc 16.2-5; Lc 24.1-3; Jo 20.1.
18 - Mt 28.8-10; Jo 20.13-19; cf. Lc 24.13-15.
19 - At 20.7; 1 Co 16.1-2.
20 - Ap 1.10.
21 - Didaquê 14:1 (ver Apostolic Constitutions 7:30:1); Inácio, Magnesianos 9.1; Evangelho de Pedro 35, 50. Ver R. J. Bauckham, “The Lord’s Day” e “Sabbath and Sunday in the Post-Apostolic Church”, em D. A. Carson, ed., From Sabbath to Lord’s Day: A Biblical, Historical and Theological Investigation (Grand Rapids: Zondervan, 1982), 221-98.
22 - Rm 12.1.
23 - Cl 3.17; cf. 1 Co 10.31.
24 - Ef 4.15-16.
25 - Hb 10.24-25.
26 - 1 Coríntios contém todos esses temas. 
27 - “A missão da igreja é ir ao mundo e fazer discípulos, proclamando o evangelho de Jesus Cristo, no poder do Espírito, e reunindo esses discípulos em igrejas, para que eles adorem o Senhor e obedeçam aos seus mandamentos, agora e na eternidade, para a glória de Deus, o Pai” (Kevin DeYoung e Greg Gilbert, Qual a Missão da Igreja? [São José dos Campos: Fiel, 2012], 82).
28 - Mt 28.19-20.
29 - Lc 24.47.
30 - Por exemplo, veja a argumentação do Senhor em favor das pragas em Êxodo 9-12.
31 - Ez 36.22-23; cf. Is 48.8-11.
32 - Ef 3.10-11.
33 - Charles Bridges, The Christian Ministry (1830; repr. Edinburgh: Banner of Truth, 1980), 1. Cf. a magnífica afirmação de J. L. Reynolds: “Quando Cristo disse, na sala de julgamento de Herodes, as notáveis palavras ‘Eu sou um rei’, ele pronunciou um sentimento carregado de poder e dignidade indescritíveis. Seus inimigos puderam zombaram de suas pretensões e escarnecer de sua afirmação, por apresentarem-no com uma coroa de espinhos, um caniço e um manto de púrpura e por pregarem-no na cruz; mas, aos olhos de inteligências não caídas, ele era um rei. Um poder mais elevado presidia aquela cerimônia zombeteira e converteu-a numa coroação real. Aquela coroa de espinhos era, de fato, o diadema de um império; aquele manto de púrpura era a insígnia de realeza; aquele caniço frágil era o símbolo de poder irrestrito; e aquela cruz, o trono de domínio que nunca acabará” (J. L. Reynolds, “Church Polity, of the Kingdom of Christ”, emPolity: Biblical Arguments on How to Conduct Church Life, ed. Mark Dever [Washington, DC: Center for Chruch Reform, 2001], 298). “É como se a igreja fosse um palco no qual Deus tem apresentado o grande drama de redenção, um espetáculo de vida real no qual se mostra como aqueles que se rebelaram contra Deus e arruinaram seu universo são agora trazidos de volta à harmonia com ele, tornando-se, em lugar de rebeldes, agentes de renovação e restauração” (James Montgomery Boice, Foundations of the Christian Fatih [rev. ed., Downers Grove: IVP, 1986], 565-66)
Fonte: trecho do livro "A Igreja: O Evangelho Visível", de Mark Dever, lançamento de Setembro de 2015 da Editora Fiel.

http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/843/O_Verdadeiro_Proposito_da_Igreja

quarta-feira, 25 de março de 2015

CRISTÃOS PERSEGUIDOS NO SÉCULO 21

O QUE A IGREJA DEVE FAZER DIANTE DA PERSEGUIÇÃO?? Temos visto e ouvido as notícias sobre o sequestro de pelo menos 90 cristãos assírios na área do Curdistão, nordeste da Síria bem como a decapitação de 21 cristãos egípcios na Líbia. Podemos perceber que o Senhor Jesus previu a perseguição através das palavras citadas em Mateus 5:11 e 12: BEM AVENTURADOS SOIS QUANDO , POR MINHA CAUSA , VOS INJURIAREM, E VOS PERSEGUIREM, E, MENTINDO,DISSEREM TODO MAL CONTRA VÓS. REGOZIJAI-VOS E EXULTAI, PORQUE É GRANDE O VOSSO GALARDÃO NOS CÉUS; POIS ASSIM PERSEGUIRAM AOS PROFETAS QUE VIVERAM ANTES DE VÓS. Também temos noticia de que o missionário Alexandre Canhoni, atualmente está trabalhando no Níger e desenvolve um projeto social que cuida de crianças carentes. Recentemente, ele voltou a ocupar as manchetes no Brasil por conta de um atentado de intolerância religiosa de extremistas muçulmanos contra a sede da ONG em que trabalha. Ele e sua esposa, Giovana, vivem lá há 14 anos, onde adotaram 17 crianças. Numa entrevista concedida ao jornalista Bruno Astuto, da revista Época, Alexandre Canhoni conta que sua decisão de ajudar as crianças carentes foi influenciada pela realidade com que teve contato ao chegar à África: “Em 2001, eu tinha o desejo de conhecer o país mais pobre do mundo e tive a oportunidade de fazer uma viagem para conhecer o Níger. Desde então, a minha motivação foi ajudar as crianças que conheci aqui”, revelou. Questionado se tem arrependimento da fase em que usava drogas e se prostituía, o missionário não titubeia: “Claro que sim. Com certeza, me arrependo, e muito. Não é uma fase de que eu tenha orgulho. Como disse, me arrependo de muitas coisas”. A mudança de vida, segundo Alexandre, foi uma consequência desse arrependimento: “Ser ou não pastor não faz de alguém mais ou menos pecador. Pequei muito em toda a minha vida, mas quando me encontrei houve uma transformação, que me fez entender sobre o pecado, arrependimento e transformação. Não posso dizer que não peco, porque muitas vezes faço aquilo que não queria fazer, mais não amo mais o pecado e o pecado não domina mais a minha vida”, pontuou. Fazemos um apelo aos cristaos do Brasil para que estejam orando intensamente para que Jesus Cristo renove as forças dos missionários que enfrentam o perigo e a obra missionária não desfaleçam, pois Jesus prometeu ROGAI, POIS, AO SENHOR DA SEARA QUE MANDE TRABALHADORES PARA A SUA SEARA MATEUS 9:38.